Matarazzo: quem foi e a árvore genealógica

Retrato de Francesco Matarazzo

Francesco Matarazzo, para muitos, é o maior empresário que já existiu no Brasil. E não é por menos. O italiano que chegou ao país para tentar a sorte, anos depois viria a ser conhecido como o fabricante de fábricas. Ficou para a história como o pioneiro da industrialização do país e símbolo máximo do self-made man brasileiro. Matarazzo construiu o maior e mais diversificado império empresarial da América Latina e chegou a ser o quinto homem mais rico do mundo na época.

Ele possuía mais de 200 fábricas, que juntas faturavam mais do que a produção individual de todos os estados brasileiros, exceto São Paulo onde ficavam suas fábricas. Ao morrer, em 1937, Matarazzo tinha um patrimônio estimado em 27 bilhões de dólares corrigidos aos dias de hoje pela inflação americana. Para efeito de comparação, ele possuiria, uma fortuna muito maior que a primeira colocada no ranking da Forbes dos mais ricos do Brasil em 2023. 

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Fotos aéreas das industrias de Matarazzo

Os números são impressionantes. No começo do século 20, 6% da população paulistana trabalhava ou dependia, de alguma forma, das Indústrias de Matarazzo. Obviamente eram outros tempos, São Paulo era muito menor do que é hoje, mas isso nos mostra o quão importante foi o império de Matarazzo na época que cidade começou a se destacar. No seu auge, as industrias de Matarazzo chegaram a empregar mais de 30 mil pessoas, número que pouquíssimas empresas privadas atingem no Brasil de hoje. 

Dando como exemplo, a multinacional brasileira Gerdau, que tem presença em todo mundo, atualmente conta com um pouco mais de 28 mil funcionários, menos que as fábricas de Matarazzo. Mas o império dos Matarazzo que parecia imparável entrou em grande decadência a partir da morte do conde. E essa história envolve uma sucessão de erros como, por exemplo, declinar a oferta de um presidente do brasil para entrar em um negócio com uma grande marca de carros.

Conheça agora a história de Francesco Matarazzo, sua ascensão e a queda de uma dos maiores impérios que já existiram nesse país.

A Construção de um Império

Francesco Matarazzo, conhecido também como Conde Matarazzo, nasceu na Itália, na cidade Castellabate, que fica na região de Nápoles, em 9 de março de 1854. Ele era o mais velho entre nove filhos. Nasceu logo antes da unificação da Itália, período que ocorreu entre 1861 e 1870, e a região Sul do país, onde os Matarazzo viviam, sofreu uma grave crise econômica. Esse cenário causou uma grande onda de emigração, conhecida como diáspora italiana. 

Mas a família Matarazzo resistia porque possuía algumas propriedades e era considerada rica na época, então Francesco crescia com bons estudos. Porém, com a morte do patriarca da família por volta de 1870, a situação ficou difícil. Não se sabe bem o que o jovem Francesco fez nos 11 anos seguintes, mas alguns historiadores afirmam que ele teria tentado assumir os negócios da família atuando como comerciante, o que não deu certo. Fato é que em 1881, ele se mudou para o Brasil.

Segundo o próprio Conde, tal decisão foi tomada por influência de um amigo de longa data, chamado Fernando Grandino, que havia conhecido o Brasil e apresentado o país como um lugar de boas oportunidades. Francesco, que aqui no Brasil virou Francesco, trouxe consigo todas suas economias. Mas quando chegou no Rio de Janeiro teve um grande problema.

Sorocaba, SP

Por um descuido no desembarque, ele viu naufragar duas toneladas de gordura de porco, também conhecido como toicinho, que ele havia trazido da Itália para vender aqui. Essa carga representava grande parte da riqueza de Francesco e foi dessa forma dramática que ele iniciou sua nova vida em terras brasileiras. Para viver, escolheu a cidade de Sorocaba que, naquela época, era o maior centro brasileiro de comércio de gado. Por lá abriu uma venda e trabalhava como mascate. 

A história contada por ele mesmo é que, para economizar, ele comia apenas pão seco e bananas. Dois anos depois, já bem estabelecido, ele viu uma oportunidade e montou uma fábrica de banha na cidade. Mas ele pouco parava em Sorocaba. A maior parte do tempo estava viajando para comprar porcos direto dos produtores e também fazia algumas vendas.

Já nessa época seguia uma política comercial que iria conservar até seus últimos dias. O Conde afirmava que “o bom negócio se faz na compra e não na venda”. E há relatos de que foi realmente isso que o fez crescer, inclusive muitas vezes sugando ao máximo os fornecedores para obter sucesso nas suas empreitadas. O negócio ia evoluindo e tinha muito espaço para crescer. Matarazzo identificou que o problema a ser resolvido não estava na produção da banha que era algo na verdade simples de fazer, mas sim na embalagem.

Anúncio de uma das marcas de banha da época

Naquela época, a banha americana, que dominava o mercado, vinha em barricas de madeira que, muitas vezes, estragavam o produto. Ao substituir a barrica por embalagens de metal, Matarazzo aumentava a durabilidade do produto e permitia que os consumidores comprassem quantidades menores. Isso evitava o desperdício, o que tornava o produto brasileiro mais barato e, de certa forma, melhor. 

Esse é um exemplo de como Matarazzo agiria em toda sua carreira. Fazendo barato dentro do Brasil o que antes era caro e chegava do exterior. Assim ele foi precursor na chamada “substituição de importações”. 

A Conquista de São Paulo

Em 1890, Francesco criou uma sociedade com seus irmãos Giuseppe e Luigi, que chegaram ao Brasil nesse meio tempo. Com isso, mudou-se para a capital São Paulo, que era muito pequena, não tinha mais do que 65 mil pessoas na época. No entanto, essa sociedade durou pouco, sendo os irmãos substituídos por outro irmão: Andrea.

Além dos negócios com banha e do comércio de secos e molhados por atacado, o Conde começou a dedicar-se à importação. E ele prosperou muito rapidamente. Francesco destacava-se pelas suas habilidades de comerciante. Era carismático, falante, um ótimo comprador e vendia como poucos.

Em 1896 ele construiu a famosa Mansão Matarazzo, que virou um verdadeiro ponto turístico na cidade. O terreno original compreendia 12 mil metros reservados para um grande jardim que rodeava o palacete de 4,4 mil metros quadrados. O local virou um centro turístico da cidade, as famílias se reuniam para irem ver a mansão e o famoso conde saindo de casa.

Então em 1898, quando os Estados Unidos se envolveram na guerra entre Cuba e Espanha, Matarazzo presumiu que a exportação da farinha americana para o Brasil iria diminuir. A consequência seria uma elevação nos preços, segundo sua intuição de um grande empreendedor. Rapidamente ele fretou um navio carregado de farinha, vinda da Argentina, para prover o mercado brasileiro. Assim acabou abarrotando seus depósitos e, de fato, durante algum tempo, ele foi o único importador com farinha disponível no País. Além de uma fortuna, com essa e outras grandes ações comerciais Matarazzo começou a ser uma verdadeira celebridade.

O Moinho de Matarazzo

Todo esse sucesso, que envolvia suas ações comerciais e as fábricas de banha, permitiram que Matarazzo conquistasse o crédito necessário para seu primeiro grande empreendimento industrial: um moinho de farinha que foi o primeiro de São Paulo.

Entendendo um pouco mais e dando o contexto: São Paulo já tinha algumas dezenas de fabriquetas na época, sendo a maioria de tecelagem. Também já existiam importantes indústrias como as cervejarias Antárctica e Bavária e a Vidraria Santa Marina. Mas a industrialização da cidade era muito informal e, de certa forma, anárquica.

Foi nessa época, sem maiores referências, que Matarazzo iniciou seu verdadeiro império. O conde então viajou a Manchester na Inglaterra, onde adquiriu máquinas e contratou engenheiros ingleses para assessorar a montagem do seu moinho. Ter um moinho obviamente não era por acaso. Por causa dos imigrantes italianos, a farinha era muito utilizada na alimentação. E as farinhas que chegavam aqui, na sua grande maioria, estragavam. Por isso, ele viu na construção de um moinho uma grande oportunidade e decidiu fazer farinha de trigo no Brasil.

Graças à sua credibilidade, conseguiu empréstimo com um banco inglês e, em dez meses, foi concluído o Moinho Matarazzo, o maior e mais moderno da América Latina. Ocupando dois quarteirões do bairro industrial do Brás, era a maior fábrica de São Paulo e suas chaminés eram um símbolo do poder. No mesmo ano, uma história um pouco menos conhecida, mas que teve grande importância para o sucesso do conde, foi quando ele tornou-se banqueiro.

Banco di Napoli

Matarazzo, junto a outros italianos, fundou a Banca Commerciale Italiana di São Paulo. No entanto, depois de alguns desentendimentos, ele fundou um novo banco: a Banca Italiana de Brasile. Esses bancos deram bons lucros e acabaram servindo para a expansão do Grupo Matarazzo e de outros industriais italianos. Mas novamente, pouco tempo depois, Francesco saiu da sociedade. Agora o motivo da saída era um negócio muito melhor. O conde assumiu a representação do Banco de Nápoles em São Paulo. 

Para entender como isso era um grande negócio para ele, pela lei italiana, o banco de Nápoles detinha o monopólio das transferências de dinheiro feitas pelos imigrantes às suas famílias. E em São Paulo, no começo do século 20, metade da população era composta de imigrantes italianos. Ou seja, havia muita demanda, e para ele era perfeito. Seus negócios como banqueiro basicamente serviriam para financiar as construções de suas novas fábricas, o que foi feito.

O Fabricante de Fábricas

O sucesso com a venda da farinha permitiu quitar em pouco tempo a dívida com os ingleses. Em torno do Moinho, que duplicou sua capacidade em menos de dois anos, novas fábricas surgiram em um movimento de verticalização nunca antes visto no Brasil e que talvez nunca tenha acontecido na nossa história. Matarazzo optou por essa estratégia para reduzir a sua dependência de outros fabricantes, já que a indústria que existia eram praticamente incipientes e não atendiam na velocidade que as fábricas de Matarazzo precisavam.

Então, em 1901, começou a fabricar sacos para as embalagens da farinha, o que deu origem à Tecelagem Mariangela. Logo depois, foi a oficina de manutenção da fábrica que se transformou em uma indústria de embalagens. O algodão da tecelagem começou a ser aproveitado integralmente quando, de seu caroço, Matarazzo iniciou a extrair a matéria-prima para óleos e sabões. Nasceria daí, em breve, a maior fábrica brasileira de saponáceos.

Já que sobravam madeiras nas serrarias, resolveu abrir uma fábrica de móveis. Na metalurgia, aproveitou os restos para fabricar artigos de cozinha e utensílios de alumínio. E assim sucessivamente fábricas do grupo foram sendo abertas. Enquanto isso, ele expandia e modernizava seus negócios tradicionais, abrindo, por exemplo, moinhos até no estado do Paraná. Por lá também abriu um grande frigorífico que era alimentado por uma pequena hidrelétrica particular.

Logo das Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo

Em 1911, nasceram as famosas Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo, que englobava todas suas empresas e tinha sede em São Paulo, com filiais em Santos e na Argentina. Com elas, novas fábricas surgiram: uma usina de açúcar em 1911, uma fábrica de pregos em 1912 e assim por diante, nessa época as indústrias já movimentavam milhões de dólares.

Para o transporte das mercadorias entre as suas unidades fabris, ele criou uma rodovia ferroviária interna. Matarazzo seguia reinvestindo seus lucros, em busca do objetivo que ele chamava de emancipação industrial do Brasil. Mas a Itália, sua terra natal, nunca saiu dos seus pensamentos.

As ligações italianas

No fim de 1914, Matarazzo partiu para a Itália com sua família para um período de repouso, mas acabou surpreendido pela entrada da Itália na Primeira Guerra Mundial. Em vez de voltar ao Brasil, Matarazzo decidiu ficar na Itália e ajudar seu país, cuidando da distribuição de alimentos na região de Nápoles. Quem ficou cuidando das Indústrias de Matarazzo no Brasil foi seu filho Ermelino.

Essa atuação fundamental na guerra lhe renderia o título de Conde do Reino, concedido pelo rei da Itália Vittorio Emanuele III em 1917. Mas a Guerra mesmo destruindo seu país natal, nos negócios foi favorável a Matarazzo. Com a dificuldade de importação de produtos europeus, as indústrias de Matarazzo no Brasil supriam a demanda interna, isso fez com que a indústria do agora conde e a outras indústrias brasileiras em geral crescessem muito. 

Ao final da Guerra, Matarazzo retornou a São Paulo e seguiu seus movimentos expansionistas. Em 1919, fundou a Sociedade Paulista de Navegação Matarazzo, que era uma frota de navios cargueiros que supriam, entre outras demandas, a importação de trigo da Argentina. Em 1920, ele adquiriu um terreno de mais de 100 mil metros quadrados, no bairro da Água Branca em São Paulo, estrategicamente localizado à beira das ferrovias, o que permitiu realizar o sonho do Conde: concentrar muitas de suas fábricas num lugar só. 

Durante a década de 20, ele comprou frigoríficos, indústrias químicas, destilarias e até uma distribuidora cinematográfica. E aí veio a quebra da Bolsa de Nova York, em 1929, seguida pela Grande Depressão, o que afetou o comércio exterior no mundo todo. Enquanto os grandes barões do café brasileiros entraram em ruínas e viram suas exportações caírem 40% em um ano, Matarazzo nem ligou. 

Washington Luís

Apoiado em matérias-primas nacionais e com grande capital, ele viu na crise uma nova oportunidade para comprar concorrentes e consolidar seu domínio. A política também vivia convulsões no início dos anos 30, quando Getúlio Vargas derrubou Washington Luís e assumiu a presidência. Matarazzo era amigo pessoal do político paulista, mas não demorou a apoiar o novo governo de Getúlio. Para não prejudicar os negócios, ele evitava se envolver em disputas políticas aqui no Brasil.

Durante a Revolução Constitucionalista de 1932, por exemplo, quando São Paulo se revoltou contra Vargas, grandes indústrias paulistas entraram no movimento. A fábrica de munições de Matarazzo chegou a fornecer 160 mil cartuchos de armas, mas Matarazzo, como pessoa física, permaneceu neutro até o fim. O que não abalou a popularidade do conde com os paulistanos. O único que conseguia rivalizar de certa forma, nesse quesito, mesmo com muito menos dinheiro foi Giuseppe Martinelli. E isso se devia ao prédio que Martinelli construiu, o maior da América Latina.

A rivalidade era grande e envolveu grandes episódios. Como a maioria dos industriais italianos daquela época, Matarazzo e Martinelli apoiaram financeiramente o regime fascista de Mussolini. Matarazzo enviou, de uma vez só, dois milhões de liras para a Opera Nationale Balila, organismo da juventude fascista. Historiadores afirmam que Matarazzo conheceu pessoalmente Mussolini em 1923, numa viagem à Itália e que ele nutria um grande apreço pelo ditador italiano. 

O Fim da Era Matarazzo

Mesmo aos 80 anos, o conde Matarazzo seguiu seus métodos de trabalho. Acordava cedo e seguia realizando suas tarefas diariamente. Ele participava ativamente das fábricas, gostava de fazer pessoalmente todas as compras de matérias primas e, caso não conseguisse, pelo menos seriam feitas sob o conhecimento do conde.

Francesco Matarazzo jamais se naturalizou e veio a falecer em 1937, vítima de falência renal, às vésperas de completar 83 anos. Foi enterrado em São Paulo, onde 100 mil pessoas saíram às ruas para participar do seu funeral. Foi um dos maiores acontecimentos da cidade até então. As flores, inclusive, se esgotaram nas floriculturas. Quando o conde morreu, era o homem mais rico do Brasil e dono da quinta maior fortuna do mundo.

O empresário deixou a viúva Filomena, 13 filhos e mais de 30 netos e de dez bisnetos. O sucessor de Matarazzo que já havia sido escolhido era Francesco Matarazzo Júnior, já que a primeira opção, Ermelino Matarazzo, havia morrido em um acidente de automóvel em 1920. Essa escolha não agradou os outros filhos de conde, mas Francesco Matarazzo Junior, apelidado de Chiquinho, conhecia muito bem as empresas, visto que trabalhava desde seus 19 anos nelas.

Conde Chiquinho e Mariangela

As expansões do grupo seguiram com o novo comando até os anos 60, durante 4 décadas, quando o grupo chegou a empregar mais de 30 mil pessoas. Chiquinho era considerado um bom administrador, mas em determinado momento seus defeitos começaram a falar mais alto. Diferente de seu pai, Chiquinho tinha dificuldade de lidar com pessoas, seu temperamento era pouco flexível e não conseguia confiar nos seus diretores, o que gerou um clima de desconfiança geral nas indústrias. Também apareceu uma faceta de Chiquinho que talvez tenha sido uma das grandes causas da queda do grupo: o excesso de cautela.

Chiquinho mantinha fábricas que estavam obsoletas e gerando prejuízos e dispensava novas oportunidades. Uma delas, talvez a mais conhecida, foi quando o então presidente Juscelino Kubitschek o convidou para entrar com capital na montadora Volkswagen, que estava se instalando no Brasil. Chiquinho declinou a oferta, alegando desconhecer o setor automotivo. Essas atitudes eram exatamente contrárias às posturas de seu pai, que gostava de tomar certos riscos em inovação e, principalmente, entendia as mudanças do tempo em que vivia.

Então, a partir dos anos 1960, começou o desmonte das empresas e a venda das propriedades imobiliárias. Finalmente, em 1969, as Indústrias Reunidas Francesco Matarazzo tiveram o primeiro balanço negativo de sua história. No início de 1977, as fábricas passaram ao comando de Mariah Pia, a neta mais jovem do patriarca. Maria chegou a implementar profundas mudanças mas que não surtiram efeito.

Diante de dívidas de milhões de dólares, havia pouca coisa a ser feita. A partir de 1983, várias empresas do grupo entraram em concordata, iniciando o desmanche final do império, que incluiu venda de bens, disputas familiares, ações trabalhistas e arrendamento de fábricas. 

O Legado Matarazzo

Das Indústrias Matarazzo, muitos edifícios acabaram sendo demolidos e outros permanecem abandonados. A mansão inclusive não resistiu e hoje, onde ela ficava, encontra-se um shopping. A família está longe de viver seus tempos áureos. Mesmo assim, ela segue sendo influente e importante no cenário paulistano e brasileiro.

Alguns membros da família Matarazzo são pessoas bastante conhecidas do público em geral, como o político Eduardo Matarazzo Suplicy, a jornalista Claudia Matarazzo e o diretor de novelas Jayme Monjardim Matarazzo. O legado de Matarazzo é enorme, ele é considerado o pai da grande indústria do Brasil. Matarazzo, foi um dos fundadores da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp).

A urbanização da maior cidade do país também passa pela suas mãos. A própria sede da Prefeitura de São Paulo fica no icônico Edifício Matarazzo, que abrigava a sede das indústrias de Francesco. Francesco Matarazzo teve atitudes bastante controversas, que a história julgou. Mas era um homem e empresário do seu tempo. Ele soube como poucos aproveitar as oportunidades que a vida lhe apresentou e com uma ambição sem igual conquistou o posto de um dos maiores empresários brasileiros de todos os tempos.

Árvore Genealógica – Família Matarazzo

1ª Geração
Francesco Matarazzo (1854–1937)
Patriarca. Fundador das Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo.


2ª Geração
Giuseppe Matarazzo
Filho. 1º Conde Matarazzo di Licosa.

Andrea Matarazzo (1881–1958)
Filho. Pai de Filomena Matarazzo Suplicy e Jayme Monjardim.

Ermelino Matarazzo (1883–1920)
Filho. Morreu jovem, sem sucessão.

Francesco Matarazzo Jr. (1900–1977)
Filho. Liderou o grupo após a morte do pai.

Outros filhos: Tereza, Mariangela, Attilio, Carmela, Lydia, Olga, Ida, Claudia, Luís Eduardo.


3ª Geração
Filomena Matarazzo Suplicy (1908–2013)
Neta. Mãe de Eduardo Suplicy.

Jayme Monjardim (1956–)
Neto. Diretor de TV e cinema, filho de André Matarazzo Filho e da cantora Maysa.

Maria Pia Matarazzo (1942–)
Neta. Última dirigente do grupo Matarazzo.


4ª Geração
Eduardo Matarazzo Suplicy (1941–)
Bisneto. Senador, economista, cofundador do Partido dos Trabalhadores.

Jayme Matarazzo (1985–)
Trineto. Ator, filho de Jayme Monjardim.

Perguntas Frequentes (FAQ)

Quem são os Matarazzo hoje?

Atualmente, os membros da família Matarazzo estão dispersos e atuam em diversas áreas, como artes, política e negócios. Embora o império industrial tenha sido desmantelado, alguns descendentes ainda mantêm atividades empresariais e culturais no Brasil e no exterior. Alguns nomes conhecidos: o político Eduardo Matarazzo Suplicy, a jornalista Claudia Matarazzo e o diretor de novelas Jayme Monjardim Matarazzo.

Por que o Grupo Matarazzo faliu?

A falência do Grupo Matarazzo foi resultado de uma combinação de fatores, incluindo gestão ineficaz, falta de inovação, conflitos familiares e dificuldades econômicas enfrentadas pelo Brasil nas décadas de 1980 e 1990. A terceira geração da família não conseguiu manter a competitividade do conglomerado, levando à venda de ativos e, eventualmente, à concordata e falência.

Qual seria a fortuna de Matarazzo hoje?

Estima-se que, corrigida pela inflação americana para os valores atuais, a fortuna de Francesco Matarazzo no auge de seu império seria equivalente a aproximadamente 27 bilhões de dólares, o que o colocaria entre os homens mais ricos do mundo em sua época.

Como Matarazzo ficou rico?

Francesco Matarazzo enriqueceu ao identificar oportunidades no mercado brasileiro, começando com a venda de banha de porco e expandindo para diversos setores industriais. Sua estratégia de verticalização e controle de todas as etapas da produção foi fundamental para o sucesso de suas empresas.

O que sobrou da fortuna dos Matarazzo?

Após a falência do grupo, restaram alguns ativos, como imóveis e a marca de sabonetes Francis, que foi vendida posteriormente. A família ainda possui alguns bens, mas a maior parte da fortuna foi perdida ao longo do tempo.

A mansão Matarazzo ainda existe?

A mansão Matarazzo, localizada na Avenida Paulista, foi demolida em 1996 após um período de abandono e disputas judiciais sobre seu tombamento. No local, foi construído o Shopping Cidade São Paulo, inaugurado em 2015.

Quem são os herdeiros da família Matarazzo?

Os herdeiros diretos de Francesco Matarazzo incluem seus filhos e netos, como Maria Pia Matarazzo, Filomena Matarazzo (conhecida como Filly), Francesco Matarazzo III, Helene Matarazzo e Eneida Matarazzo. Ao longo do tempo, a família se expandiu, e muitos descendentes seguem carreiras diversas, mantendo o sobrenome em diferentes áreas.

O que Eduardo Suplicy é de Francesco Matarazzo?

Eduardo Matarazzo Suplicy é bisneto de Francesco Matarazzo. Sua mãe, Filomena Matarazzo, era neta do conde, tornando Suplicy parte da linhagem da família Matarazzo.

Se quiser assistir esse documentário no nosso canal do YouTube, segue o link:

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