Resumo:
Fundada em 1901 por João Gerdau, a Gerdau evoluiu de uma pequena fábrica de pregos em Porto Alegre para se tornar a maior produtora de aço do Brasil e uma das líderes globais no setor, com presença em 9 países, 31 usinas e mais de 28 mil funcionários. Com uma história marcada por inovação, visão estratégica e forte cultura familiar, a empresa expandiu-se por meio de aquisições nacionais e internacionais, apostando em modelos como as mini-mills e investindo em sustentabilidade, ao ponto de hoje ser a maior recicladora de sucata metálica da América Latina. Com produtos presentes em grandes obras como o One World Trade Center e o Rock in Rio, a Gerdau também se destacou por sua lucratividade consistente — com apenas três anos de prejuízo em mais de um século — e por manter-se como símbolo de resiliência e excelência empresarial no Brasil.
A história completa
Você sabia que a Gerdau produz uma quantidade de aço suficiente para construir 100 torres Eiffel por mês? A Gerdau é a maior empresa brasileira produtora de aço e a trigésima maior do mundo. Em 2023, a multinacional teve receita líquida consolidada de 82,4 bilhões de reais. O aço da Gerdau chegou a milhões de residências e em construções emblemáticas ao redor do mundo, como o One World Trade Center, um dos símbolos dos Estados Unidos.
O prédio residencial mais alto da América Latina, O Edifício YACHTHOUSE em Balneário Camboriú também possui toneladas do aço Gerdau. Outra estrutura muito famosa no Brasil, o palco principal do Rock In Rio, é feito com mais de 200 toneladas de aço Gerdau 100% Reciclado.
A empresa foi fundada por um imigrante alemão em 1901 e, 122 anos depois, em 2023, possui atualmente operações em 9 países e 28 mil funcionários. Os números dizem por si só o que a Gerdau representa. Mas uma trajetória centenária dessa emblemática empresa brasileira envolveu uma série de decisões de negócios que garantiram o seu sucesso.
As lições
As lições que essa história nos traz deveriam estar em todos livros de cabeceira de qualquer homem ou mulher que ousa empreender no Brasil. País esse que tem cerca de 20 milhões de empresas e, entre elas, apenas algumas centenas chegaram aos seus 100 anos de atividade, ou seja, menos 0,0001. A Gerdau é uma delas.
Se isso já não vale para conhecer a história dessa empresa, temos mais um dado para lhe apresentar. De seus 122 anos de trajetória, a Gerdau teve lucro em 119 deles. E só amargurou prejuízo durante esses 3 anos, justamente por atravessar a pior recessão da nossa história: a crise econômica brasileira de 2014. Conheça agora a história completa da rainha do aço: a Gerdau.
A fábrica de pregos

Enquanto Andrew Carnegie, fazia fortuna construindo a América com seu aço, um imigrante alemão, chamado João Gerdau chegou ao Brasil em 1869, aos 20 anos de idade, vindo de Hamburgo – Alemanha. Quando chegou, João abriu um armazém de secos e molhados na colônia de Santo Ângelo, atual município de Agudo no Rio Grande do Sul, onde vendia de tudo: desde sal, açúcar, azeite, velas, tecidos e cordas a ferraduras. Era conhecido como o João da Venda.
Com um ótimo faro para negócios, depois de um tempo, também investiu na compra e venda de lotes de terra. Em 1893, mudou-se para Porto Alegre, por insistência da mulher Alvine – junto de seus quatro filhos – Hugo, Martha, Walter e Bertha. João era o que hoje consideramos como um verdadeiro visionário. Naquela época, o Brasil iniciava a sua industrialização e, para levantar os edifícios, um ítem fazia-se extremamente necessário para a construção: o prego.
Então, já na capital gaúcha, João se interessou na compra de uma indústria que fabricava pregos e que se encontrava praticamente falida naquele momento. O nome dessa fábrica era Pontas de Paris. Ela havia sido criada em 1891 para abastecer indústrias de bens de consumo, como fogões e ferramentas. Mesmo com financiamento de 70 investidores, a empresa não deu certo e foi colocada à venda em 29 de dezembro de 1900.

Após sacramentar a compra, João Gerdau registrou a nova firma na Junta Comercial de Porto Alegre no dia 16 de janeiro de 1901 e a fábrica passou a se chamar João Gerdau & Filho. Mas João não ficou à frente do negócio. Ele preferiu deixar a empresa sob os cuidados do filho mais velho, Hugo, que já tinha 25 anos de idade.
Hugo havia voltado recentemente de uma viagem de dois anos aos Estados Unidos – onde fez boas conexões. A fábrica de pregos de Hugo começou importando a sua matéria prima, que era o arame, da Europa e Estados Unidos. A cada 20 dias, uma carga com 80 quilos de arame chegava. Mas tinha um problema: com frequência os arames chegavam enferrujados.
Depois de limpo, o material era colocado nas máquinas para que os pregos fossem confeccionados. A Fábrica de Pregos Hugo Gerdau estava inserida em um negócio em que o peso era muito importante. E por isso, a empresa garantia que “o saquinho” de prego continha exatamente 1 quilo. Apesar de parecer meio óbvio, essa não era uma prática comum naqueles tempos. Com isso, a Gerdau ganhava muita credibilidade junto ao mercado e cada vez mais conseguia novos clientes.

A distribuição era feita através de carroças, em locais dentro de Porto Alegre, e via ferrovia quando enviados para o interior. Até falecer, em 1917, João, o pai de Hugo, se dedicou aos projetos imobiliários no interior, além de investir na extração de madeiras nobres e na exploração mineral. Mas, mesmo à distância, nunca deixou de colaborar com a gestão dos empreendimentos da família na capital gaúcha.
Em 1922, a empresa já produzia 80 toneladas de pregos por mês e a fábrica inteira possuía somente máquinas importadas e bastante tecnológicas para a época. Nessa época, os pregos da Gerdau já chegavam em todo o Brasil, embarcados em navios da Companhia Nacional de Navegação Costeira. Mesmo com guerras e grandes greves operárias, a empresa não parava de crescer.
A expansão e a guerra
Em 1930, a primeira filial foi aberta na cidade de Passo Fundo, no interior gaúcho. E foi só o início. Ao longo do tempo, a empresa abriu outras filiais e seguiu sua expansão. Hugo administrou a companhia por quase quatro décadas até que veio a falecer em 1939, pouco antes da eclosão da II Guerra Mundial. Como não tinha filhos homens, a administração da empresa ficou para dois dos seus funcionários mais próximos, Waldomiro Schapke e Roberto Nickhorn.
A guerra, apesar de obviamente ser um capítulo triste na história da humanidade, se revelou favorável à empresa. Os pregos tiveram um aumento de preços e os concorrentes de fora do país não conseguiam mais vender para o Brasil. Talvez a maior de todas as vantagens tenha sido a entrada de Curt Johannpeter na empresa. Curt havia desistido de voltar à Alemanha em função da Guerra, mal sabia ele que essa decisão não mudaria apenas seu destino mas também a de muitos outros brasileiros.
A era Johannpeter

Em 1946, Curt Johannpeter, casado com Helga – filha de Hugo Gerdau – assumiu a direção da empresa. Curt tinha atuado como inspetor do Deutsche Bank na América do Sul e possuía larga experiência na área financeira. Sua expertise ajudou a aprimorar ainda mais a gestão da companhia e a expandir os negócios. Uma das medidas adotadas, por exemplo, foi a transformação da empresa em sociedade anônima – com registro na Bolsa de Fundos Públicos de Porto Alegre, em 1947.
Curt ainda tinha planos de evoluir da metalurgia para a siderurgia. Foi então que decidiu dar um dos passos mais decisivos na história da companhia, adquirindo a Siderúrgica Riograndense em 1948. Logo, deu-se início da produção do conhecido aço Gerdau. Depois de comprar a usina, além de abrir uma nova frente de negócios, a Gerdau assegurou o fornecimento de arames para a sua fábrica de pregos, livrando-se da dependência de produtos da Cia. Belgo-Mineira – que no momento, era a única grande produtora nacional da sua matéria prima.
Porém, a necessidade de capital para realizar reformas técnicas – e até mesmo administrativas nas empresas – obrigou Curt a hipotecar sua residência pessoal. O que no futuro se revelaria uma arriscada, porém sábia, decisão. Johanpetter também inovou ao adotar um modelo que era inédito no Brasil na época: as mini-mills.

A indústria siderúrgica como um todo se divide em duas categorias principais – baseadas simplesmente no método de produção utilizado. A primeira são as usinas siderúrgicas integradas. Aquelas que normalmente produzem o aço a partir do óxido de ferro. Ou seja, primeiro é necessário extrair o mineral em suas formas primárias, pra depois refinar o ferro em aço. Já a segunda são as usinas siderúrgicas não integradas, que produzem o aço por meio da fundição da sucata de ferro. Ou seja, reciclam sucata ferrosa que já foi utilizada e descartada. Essas usinas também são chamadas de “mini-mills”.
Só pra ter uma ideia, de acordo com a Word Steel, em 2021, 28,9% de toda produção de aço bruto no mundo foi por meio do processo de mini-mills. Esse modelo proporcionou grandes vantagens operacionais e diminuiu o custo da operação da Gerdau. Anos mais tarde, o modelo foi implementado em todo o planeta.
A visão estratégica de Curt, que até hoje está presente na Gerdau, é de que a empresa precisa crescer com segurança, aliando a ousadia de buscar novas frentes de atuação, à disciplina e à seriedade na condução dos negócios. E ele colocou sabiamente esse pensamento na prática. Algum tempo após a aquisição da Riograndense, que já contava com a Usina Farrapos, Curt passou a buscar um local para instalar uma nova unidade.

Para isso, aos fins de semana, a bordo de um Chevrolet 51, procurou terrenos na região do Vale do Sinos até encontrar uma área de 100 hectares em Sapucaia do Sul, a 25 quilômetros de Porto Alegre. As obras iniciaram em 1955 e, dois anos depois, a Usina Rio do Sinos entrou em operação. A Gerdau S.A., como é denominada até hoje, foi constituída em 20 de novembro de 1961. Nesse mesmo ano, a fábrica começou a empregar a utilização, de modo pioneiro na América Latina, do processo de lingotamento contínuo – em vez de lingotes individuais. O método permite maior rapidez e eficiência ao desempenho industrial.
Ao final da década de 1960, a marca Gerdau tinha presença em todo o país. Entre os dirigentes, crescia a intenção de abrir novas fábricas além das fronteiras gaúchas. O Brasil registrava nesse período uma média de crescimento industrial de 15% ao ano, o que ficou conhecido como Milagre Econômico Brasileiro. Os bons ventos da economia contribuíram para que, em 1969, pela primeira vez, a Gerdau ultrapassasse a fronteira gaúcha.
Os anos seguintes foram de grandes aquisições por parte da empresa. A Gerdau adquiriu uma série de siderúrgicas em território brasileiro. No Nordeste comprou a Siderúrgica Açonorte. E Posteriormente, no Rio, adquiriu a Cosigua, junto ao grupo alemão August Thyssen. Esses movimentos de expansão foram financiados justamente pela abertura de capital da empresa, com o lançamento de suas ações nas bolsas do Rio de Janeiro – hoje extinta – e de São Paulo, em 1967. Se você quiser saber quem foi o principal responsável por quebrar a Bolsa do Rio De Janeiro temos um post falando sobre ele aqui.

Mas voltando para a Gerdau, em 1967, a empresa já tinha ingressado de maneira pioneira, no segmento de distribuição com a Comercial Gerdau, inaugurada em 1º de fevereiro de 1971, em São Paulo. Não foi uma iniciativa isolada – rapidamente, surgiram filiais em várias capitais brasileiras. Atualmente, são mais de 70 lojas espalhadas por todo o país. O crescimento da Gerdau foi obtido de modo estratégico e planejado para assegurar uma atuação abrangente e duradoura da empresa no território nacional. No final da década 70, a companhia já era responsável pela produção de 10% do aço brasileiro.
O que se viu ao longo dos anos 70, 80 e 90 foi a aquisição de novas usinas no Rio, Paraná, Ceará, Minas Gerais e na Bahia, gerando assim um crescimento enorme na participação do mercado nacionalmente. Com essa expansão, o Brasil começava a ficar pequeno para a Gerdau e, em 1980, foi quando um grande marco nessa história aconteceu: a compra, no Uruguai, da Metálurgica Laisa, iniciando assim a sua internacionalização.
JORGE GERDAU E O MUNDO

Os anos 80, mais especificamente o ano de 1983, marcou a entrada de uma nova geração à frente da empresa. Filhos de Curt, os irmãos Germano, Klaus, Jorge e Frederico assumiram a empresa, agora com o foco na internacionalização. Jorge Gerdau foi empossado como presidente do Grupo. O conhecido empresário começou a trabalhar cedo na empresa da família. Aos 14 anos de idade já operava máquinas na companhia e ajudava no escritório com a produção de notas fiscais.
Muito antes de assumir a presidência do grupo, Jorge havia sido um dos grandes responsáveis pelas melhorias nos processos fabris dentro da empresa desde os anos 60, muito baseado no sistema japonês de produção. Mas a empresa enfrentava sérios problemas de caixa. Até que a empresa finalmente conseguiu ajustar seus custos aos padrões mundiais, gerando uma competitividade maior e possibilitando alçar novos voos.
Com a casa arrumada, era hora de seguir com as estratégias de aquisições e fusões – mas agora muito mais voltado ao exterior. Jorge percebeu que o caminho para o crescimento e sobrevivência passava pela internacionalização. Era necessário expandir as fronteiras nacionais. Na época, o grupo tinha apenas a usina adquirida no Uruguai. Ficou claro para ele que os aspectos regulatórios do mercado brasileiro estavam dificultando o grupo de continuar crescendo no país, o que fazia o mercado exterior sedutor para a empresa. Pois um cenário apocalíptico brasileiro poderia ser o fim da companhia.

Ao mesmo tempo, o cenário internacional siderúrgico passava pela fusão de grandes companhias. O que, de certa forma, era uma ameaça ao futuro da empresa brasileira. A alternativa era realmente crescer ou morrer engolido por uma gigante do setor. E para suas novas operações no exterior, a Gerdau adotou a mesma estratégia fabril que a fez crescer no Brasil: as minimills.
Depois da usina no Uruguai, o grupo adquiriu uma usina no Canadá, em 1989, e, em 1992, chegou ao Chile. Até aquele momento, entretanto, eram incursões para aproveitar oportunidades de negócios. Mas foi só a partir do final da década de 90, quando a Gerdau passou por uma nova reestruturação visando a sua internacionalização sendo dessa vez melhor planejada. E assim, a América Latina foi conquistada. Na década de 2000, a empresa consolidou sua posição no continente com a compra de siderúrgicas na Argentina, Colômbia, Peru, República Dominicana e México. Paralelamente, no Brasil a empresa ampliou suas aquisições e novos produtos foram criados.
Com a compra da Siderúrgica Piratini em 1992, a Gerdau entrou no segmento de aços especiais e lançou o famoso vergalhão GG50. Em 1997, a gigante brasileira adquiriu participação societária da Açominas, da qual passaria a ser acionista majoritária em 2001. Hoje, a unidade de Ouro Branco é a maior planta industrial da Gerdau no mundo. A importância estratégica do estado de Minas Gerais se ampliou em 2009, com o início da produção própria de minério de ferro na mina Várzea do Lopes, para abastecimento da usina de Ouro Branco. Mas a conquista da América Latina não era o suficiente para a Gerdau, então o novo alvo da empresa passou a ser o maior mercado do mundo.
GERDAU CONQUISTA A TERRA DO TIO SAM

Os Estados Unidos da América era o novo desafio a ser conquistado. Para isso, uma velha estratégia foi utilizada. Em março de 1999, a empresa listou suas ações na Bolsa de Nova York e assim conseguiu capitalizar recursos para invadir o mercado americano. A Gerdau se tornou uma das primeiras empresas brasileiras a negociar ADRs na bolsa de Nova Iorque – que são os títulos de empresas brasileiras emitidas por bancos americanos.
E a primeira aquisição de uma indústria no mercado americano se deu no mesmo ano, com a compra de quatro usinas da Ameristeel por US$ 262 milhões. A subsidiária nos Estados Unidos, a Gerdau Ameristeel, ao longo dos anos 2000 partiu para uma série de aquisições de novas usinas. Até que em 2010 a empresa anunciou a conclusão da aquisição da Chaparral Steel Company, segunda maior produtora de aços estruturais dos Estados Unidos, em um negócio de 4,22 bilhões de dólares, a maior compra da história da Gerdau.
Todo esse movimento fez da Gerdau Ameristeel a segunda maior produtora de aços longos e a quarta maior produtora de aço, em geral, da América do Norte. E no primeiro trimestre do 2010, pela primeira vez na história, os Estados Unidos geraram o maior faturamento entre as divisões da companhia no período. Foram R$ 7,7 bilhões em vendas apenas nos EUA, enquanto o Brasil gerou R$ 6,9 bilhões no mesmo período.
GERDAU HOJE

Desde que, em 1901, João Gerdau adquiriu a fábrica de pregos em Porto Alegre, a Gerdau não parou de crescer. Nesse tempo, seus descendentes se mantiveram à frente dos negócios. A quinta e última geração assumiu a direção executiva da empresa em 2007 com André Bier Gerdau Johannpeter como presidente e Cláudio Gerdau Johannpeter na vice-presidência. A dupla seguiu a receita criada na era Curt e que foi aprimorada ainda mais nos áureos tempos de Jorge. As aquisições não pararam e a forte cultura organizacional da empresa foi implementada em todas as usinas. Sem falar nos investimentos para inovação fabril que sempre foram muito fortes.
Em 2018, pela primeira vez a Gerdau escolheu um presidente que não fazia parte da família fundadora. Em meio a acusações na Operação Zelotes, que investigou suspeitas de manipulação de julgamentos no Carf por parte dos executivos da Gerdau, a dupla André e Cláudio se afastou dos cargos diretivos. O escolhido para assumir o papel de CEO foi Gustavo Werneck, um jovem de 44 anos, executivo da empresa. A família Gerdau continuou no Conselho de Administração, tendo Guilherme Chagas Gerdau Johannpeter como presidente da organização.

Hoje, a empresa é a maior produtora brasileira de aço. É também uma das principais fornecedoras de aços longos nas Américas e de aços especiais no mundo. No Brasil, a Gerdau também produz aços planos e minério de ferro, contando com 2 minas. Atividades que estão ampliando o mix de produtos oferecidos ao mercado e aumentando a competitividade das operações.
Atualmente, a Gerdau já é a maior recicladora da América Latina e, no mundo, transforma, anualmente, 11 milhões de toneladas de sucata em aço. As ações das empresas do grupo Gerdau estão listadas nas bolsas de valores de São Paulo, Nova Iorque e Madri. A companhia possui, no mundo todo, mais de 28 mil funcionários diretos e indiretos e, em 2022, teve uma extraordinária receita líquida consolidada de R$ 82,4 bilhões. São 31 unidades produtoras de aço espalhadas mundialmente e a empresa detém uma participação significativa nos mercados siderúrgicos em quase todos os países onde opera.
No ano de 2021, último levantamento realizado pela World Steel, a empresa foi classificada como a 30ª maior produtora de aço do mundo. Os produtos Gerdau beneficiam e impulsionam diversos setores, como construção civil e infraestrutura, indústria automotiva e naval e agronegócio. Os aços da Gerdau ajudaram a construir a ampliação do canal do Panamá. Também estão presentes na ponte Gordie Howe que ligará os Estados Unidos ao Canadá e nas residências de milhões de pessoas ao redor do mundo.
A história da Gerdau não seria a mesma sem a ajuda de milhares de pessoas. Com muitos acertos e poucos erros, a empresa conseguiu, depois de mais de 120 anos de história, tornar-se um dos principais players do mercado de aço mundial e um grande orgulho brasileiro.
Perguntas Frequentes:
O que é a Gerdau?
A Gerdau é a maior produtora de aço do Brasil e uma das principais do mundo, com atuação em 9 países, 31 usinas e mais de 28 mil funcionários. Fundada em 1901, a empresa é referência em aços longos e especiais, além de ser a maior recicladora da América Latina.
Quem fundou a Gerdau e quando?
A Gerdau foi fundada por João Gerdau, um imigrante alemão, em 1901, a partir da compra da fábrica de pregos Pontas de Paris, em Porto Alegre (RS).
A Gerdau ainda é comandada pela família fundadora?
A empresa foi liderada por membros da família Gerdau por cinco gerações. Desde 2018, é comandada por Gustavo Werneck, o primeiro CEO fora da família, embora membros do clã permaneçam no Conselho de Administração.
Qual é a importância da Gerdau para a economia brasileira?
A Gerdau é uma das empresas centenárias do Brasil e símbolo de sucesso empresarial. Em 2022, teve receita líquida de R$ 82,4 bilhões e emprega milhares de pessoas direta e indiretamente, com forte atuação em setores como construção civil, indústria automotiva e infraestrutura.
Onde estão os produtos da Gerdau?
O aço da Gerdau está presente em construções icônicas como o One World Trade Center, o Edifício YACHTHOUSE em Balneário Camboriú, o palco do Rock in Rio e até na ampliação do Canal do Panamá e na ponte Gordie Howe, que liga os EUA ao Canadá.
Como a Gerdau começou sua expansão internacional?
A internacionalização começou em 1980 com a compra da Metálurgica Laisa, no Uruguai. A partir dos anos 1990, expandiu-se para Canadá, Chile, Argentina, Colômbia, México, entre outros, com foco em aquisições e no modelo de mini-mills.
O que são mini-mills e por que são importantes para a Gerdau?
Mini-mills são usinas que produzem aço a partir da sucata metálica, em vez de minério de ferro. Esse modelo, adotado por Curt Johannpeter, tornou a Gerdau mais eficiente e sustentável, e é usado até hoje em várias de suas operações.
A Gerdau sempre teve lucro?
A empresa teve lucro em 119 dos seus 122 anos de existência. Os únicos três anos de prejuízo ocorreram durante a crise econômica brasileira iniciada em 2014.
A Gerdau é uma empresa sustentável?
Sim. A Gerdau é a maior recicladora de sucata metálica da América Latina, transformando 11 milhões de toneladas de sucata em aço anualmente. Além disso, investe em processos industriais modernos e mais limpos.
Onde as ações da Gerdau são negociadas?
As ações da Gerdau estão listadas nas bolsas de valores de São Paulo (B3), Nova York (NYSE) e Madri.
Quais produtos a Gerdau oferece?
A Gerdau produz aços longos, especiais, planos e minério de ferro. Seus produtos são usados em setores como construção civil, indústria naval, automotiva, agrícola e infraestrutura pesada.
Qual a importância histórica da Gerdau no Brasil?
A Gerdau é uma das poucas empresas brasileiras com mais de 100 anos de operação contínua, superando guerras, recessões e crises, e é considerada exemplo de resiliência, visão de longo prazo e inovação no ambiente empresarial brasileiro.